terça-feira, 15 de outubro de 2013

Pedir aos ocupados

Quer ajuda de alguém? Peça a quem já faz muito, a quem está acostumado a ajudar, a trabalhar, a por a mão na massa. Se você é do tipo que faz, vai querer distância daqueles que só sabem fugir e dar desculpas. Fica a dica!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Qualquer paixão me diverte

Embora eu ande com a vidinha bem complicada, não deixo de nutrir  o hábito de incentivar todo e qualquer ser que esteja apaixonado.
Pra mim é simples: “O mundo é movido a paixões”.

Uma pessoa apaixonada move montanhas, tem fé e força. Uma pessoa apaixonada não tem limites, tem brilho próprio, irradia luz.

Apaixonados ficam sem dormir e continuam com a pele viçosa, com brilho no olhar e tem sua imunidade preservada, e por que não dizer, aumentada!
errepare, ele se transforma. E que beleza ver o mundo pelos olhos dessa química. Como poder julgar? Como desmotivar esse encanto, essa mágica?

Sem paixão a vida não tem graça... Prefiro as loucuras das paixões, o estourar dos fogos, o volume alto dos sons, os superlativos da emoção.

Embora eu me vista muito de preto, tenho alma liberta que admira,  apoia e deseja sempre paixões. Para mim e para todos, porque qualquer paixão me diverte.

Paixão é alegria, irracionalidade, liberdade.

Tristes daqueles que sufocam seus sentimentos, que  não se permitem voar pelas asas loucas, que não se arriscam nesses abismos  de suspiros inexplicáveis,  de vôos longos madrugadas adentro, perdidos e felizes em seus devaneios.

Sou uma mulher de fases, mas em todas elas, me apaixono perdidamente.

E sou feliz assim, apaixonada ainda que perdida, perdidamente e rapidamente. 

Não importa o quanto dure, há apenas que deixar vingar.

domingo, 2 de junho de 2013

Noite de desabafo, pedido de colo...

Por favor relevem as palavras que brotam desesperadas de alguém que está com dores há dias e hoje, para maior desespero, só consegue enxergar o mundo sem duplas imagens quando força a fechar um olho.

Tenho tido dores de cabeça que me acompanham há mais de quinze dias. 

Acordei, passei os dias e fui para a cama com dores. Um tormento. Isso acaba com o bom humor de qualquer ser. Comprimidos não adiantaram. A visão começou a ficar embaralhada e os óculos insuficentes.

Hoje acordei com a visão turva, dupla. Para manter o foco, só mesmo fechando meu olho direito que, até alguns anos atrás e desde a minha infância, tinha mais de quatro graus de astigmatismo. 

Nunca senti necessidade de usar os óculos e, por mais grossas que pudessem ser as lentes, minha visão nunca ficaria plena. Pensei em operar, mas depois de cálculos e mais cálculos de três médicos, concluímos que fosse melhor viver assim.  Melhoraríamos uma coisa, pioraríamos outra (tenho astigmatismo E hipermetropia!) e eu nunca me livraria da necessidade de ter que usar os óculos... Então... Fica do jeito que está.

O tempo foi passando e a necessidade de óculos para leitura chegou.  E eu, que tinha o olho esquerdo com visão perfeita, já não podia mais comemorar por isso... Até aí tudo bem. O tempo passa pra todo mundo e o corpo reclama. Normal.

Só que hoje bateu o desespero. Não poder focar em nada, como se meus olhos não falassem a mesma língua e meu cérebro não montasse bem as imagens que atravessam minhas retinas me assustou. Corri para um pronto socorro de um hospital oftalmológico, mas ouvi um “Não podemos fazer nada hoje, não podemos fazer exames nem para saber seu grau. Essa duplicidade de imagens que vê pode ser causa de muitas coisas. Recomendo que marque uma consulta para averiguar e pedir exames!”

Meu Deus!!! Mas o que foi que fui fazer lá??? 
Pagar por uma consulta para ver se consigo reembolso do convênio depois??? Fui dar uma volta pela região da Avenida Paulista e ter que desviar de caminhos por causa da Parada Gay? 

Chovia para ajudar...O vidro do carro cheio de gotas me incomodava ainda mais. Faróis que duplicavam, lanternas multiplicadas, sensação horrível de quem não está conseguindo enxergar direito.

Senti satisfação em ter o Alvaro guiando pra mim. Imaginei o pesadelo que seria dirigir nessas condições. Ao pararmos num farol, virei-me para ele para sorrir em gratidão,  mas ele me imitou fechando um dos olhos e não consegui rir da piada. Senti vontade de chorar, mas abafei.

Entrei otimista para a consulta e saí de lá desolada. 
Para ouvir da médica que o que eu tenho pode ser uma série de coisas, eu não precisava ter ido... não mesmo!!! Saí pisando firme, confesso que mal me despedi e voltei correndo pra casa.  Não dava para pensar em espairecer por aí quando você teve que pedir para a cuidadora do seu pai te render num domingo à tarde, não é , não? 
E voltamos para a toca.

Pensei na vidinha que venho levando nos últimos dias, nos últimos meses, nos últimos anos.
Senti que estou fragilizada, cansada. Acendi um cigarro e pensei no fracasso que esse gesto simboliza pra mim.  No mesmo momento, me lembrei que este tem sido um dos poucos prazeres que ninguém me tira,  nem mesmo eu, e sabe-se lá a que preço...


Desabei... Chorei feito criança,  aos soluços... Queria poder fazer birra, beicinho, manha... Queria poder ser a filha única mimada que não fui. 

Só queria mesmo um colo de mãe.  Da minha mãe. Aquele que acolhe sem precisar que a gente diga nada... Aquele abraço e colo em que a gente se aninha e deixa embalar enquanto os soluços se espaçam, a mente se acalma e as lágrimas escorrem tranquilas até a gente esquecer, adormecer... e o medo se vai. 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quero voltar, quero escrever, mas quando poderei???

Hoje eu preciso de um desconto... 
Metade de mim pensa que ainda dorme esparramada na cama, a outra tenta raciocinar e dar conta do que vem pela frente arrastando os passos.

Pouco sono e muito trabalho dá nisso. 
E Dezembro já está aí... 

BOM DIA!!!!!!!!!!!


E lá vou eu para mais um dia de muitos, muitos compromissos.
Estou cansada. 
Só não consigo deixar de repetir:

ESTOU CANSADA!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Ser

Algumas pessoas são mesmo muito especiais. Amam verdadeiramente, são amigas e são leais. 
Algumas pessoas não colocam os interesses na frente das amizades e sabem o valor que a vida deve realmente ter.
Algumas pessoas são legais, muito legais. 
Algumas pessoas fazem a diferença. Não por suas contas bancárias, por seu alto intelecto ou pelo "status" que acreditam ter. 
Algumas pessoas vieram para este mundo não para ter, mas para SER!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Vou conseguir!


Finalmente posso comemorar o primeiro mês sem fumar!
PARABÉNS PRA MIM!!!!!!!!!

E olha que estes dias foram particularmente tentadores, mas toda a vez que eu pensava num cigarrinho me vinham as palavras de motivação e incentivo dos amigos e familiares! 

Se eu quero de verdade, eu consigo, não? :)


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Desculpem o desabafo


Mais uma segunda-feira me empurrando, me chamando para a vida séria, responsável, para uma série de coisas que eu não estou a fim.
Alguém me ensina a fugir disso, pleeeeeeeeeeease?
Tô cansada!!!! Chega!!!

Eu realmente estou à beira de ter um ataque. Não sei se de nervos, mas terei um ataque.

E que fique bem claro que isso não tem nada a ver com falta de nicotina, com síndrome de abstinência, etc e tal!!

Começo a achar que esses meus 27 dias sem cigarro sejam um primeiro grito de basta, de não preciso e não quero mais isso.... aquilo, sei lá. A necessidade de alguma mudança, de ter controle sobre alguma coisa, de achar que posso aniquilar algo que me faça mal.

Quando não se pode ser rebelde e jogar tudo para o alto, quando não se pode xingar os filhos da mãe que te empatam o caminho e sugam as energias das pessoas do bem, a vida começa a ficar complicada se você não canaliza essas energias sufocantes para longe, muito longe. 
A coisa começa a incomodar, e você começa a querer não apenas afastar as pedras que encontra, mas a jogá-las para outro planeta. Não vou mentir que às vezes não pense em jogar na cabeça do primeiro fdp que esteja sacaneando alguém.

Hoje eu estou sem paciência para coisas que não valem a pena . Cansei.  
Hoje quero distância de gente que não presta. Pelo menos isso, né? 
Na minha vida não tenho espaço e tempo pra isso.

No fundo do meu túnel


 
   
    muitas vezes sinto-me assim

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Segunda-feira que me provoca tanto

Segunda-feira me intimidando logo pela manhã. Ninguém merece. 
Talvez tenha sido a culpa por não ter levantado tão cedo e desprezado o sol brilhante fora da janela. 
Por vezes sinto culpa por não pular da cama cheia de energia e "arregaçar logo as mangas"

Sim, voltei despenteada para a cama e dormi novamente. O que eu posso fazer se eu sinto sono? 
Um misto de sono e desânimo, mas que importância tem a razão? Voltei e pronto! Ponto!
Dormi mais trinta, cinquenta minutos, cheia de culpa e remorço. Fiquei intercalando a soneca de péssima qualidade com olhadelas para o rádio relógio de cinco em cinco minutos até ter coragem de me empurrar dali para fora. 
Meus travesseiros me abraçaram coniventes e leais. Sim, eles me entendem muito bem nessas horas. Eu é que não me perdôo:

_Vamos lá, dona Rita, você tem um monte de coisas para fazer nesta semana mais curta! Muitos compromissos. Saia já desse quarto! 

Essa minha voz que briga comigo como se fosse uma narração em off de um filme às vezes me irrita de verdade. Em outras situações acho mesmo que sou maluca e disfarço para mim mesma. E a segunda-feira teve que começar de fato. 

  _Vamos lá, vamos lá, alguém tem que por ordem nesta casa! Você precisa correr porque tem que sair para trabalhar. Tem gravação nesta semana! 

Coisinhas previstas que começam a ser modificadas, adiadas, adiantadas. Já fico tensa e acho que vou precisar me concentrar para ver vou dar conta de tudo. 

Dou uma olhada na lousa da cozinha e anoto alguns ítens que estão faltando. Eu ainda me pergunto porque só mesmo eu é que consigo dar conta dessa tarefa. Abrir armários, geladeiras e despensa e anotar o que está faltando não me parece uma tarefa tão difícil assim... Fico ligeiramente irritada em ver que alguns ítens já poderiam ter sido comprados no sábado! Pronto, passou! Não vale a pena. 

Penso no calor que tem feito, penso em banhos não tão quentes, na regulagem do aquecedor e vou conferir a data da última entrega do gás no calendário. (Sim, porque aqui em casa o gás não é de rua e os chuveiros são a gás) Estranho! Estes últimos dois cilindros estão durando mais dos que a média. Momento de ligeira tensão. Será que eu não anotei a última entrega? Será que corro o risco de ficarmos sem gás a qualquer momento? Vou ter que checar o peso deles e o canhoto do talão de cheques. 

(É, parece que estão durando mais mesmo. A última entrega já foi há quase dois meses e meio. Estranho. Ai, meus sais! Tomara que seja apenas um gasto moderado dos últimos meses) 

Vou precisar pedir para adiarem a entrega de remédios do meu pai porque o médico está de férias! Sem médico, sem laudos, sem exames, sem receitas. E se eu não mudar a data da entrega e o motoboy não levar essa papelada, vou ter que começar todo o processo novamente... e pessoalmente... 

Xiiiiiii, e agora? Vamos ligar na Central e ver se eles podem deixar para a semana que vem. Ligo na Central e não acham o cadastro do meu pai. Forneço todas as informações e nada. Não encontram! 

As coisas estão começando a ficar complicadas. 

Ficaram de ligar para mim em poucos minutos e aqui fiquei, plantada, ao lado do telefone. Nada! Olho agora para o relógio e decido ligar de volta novamente. Nenhum dos dois telefones atende. 

Ai, meu Deus, eu acredito! Devem ter ido almoçar! E eu aqui. Quer saber? Tento ver isso mais tarde, porque já estou atrasada. 

Tenho relutado em recorrer ao uso das minhas famosas listas de tarefas em caderninhos, mas com tanta coisa a mais para lembrar e fazer (ainda mais depois de ter começado a Pós Graduação), acho que não vai ser possível fugir mais. Vou ter que me render. 

Falando nisso, preciso ligar para o "Sem Parar". Querendo ganhar tempo, assinei. Só que eles cobraram vários reais a mais referentes ao estacionamento da FAAP na última fatura. Mais um daqueles telefonemas chatos e longos que precisarei dar. Só espero que seja produtivo, mas não pode ser agora, preciso ir. 

Ah, acabo de me lembrar que hoje eu preciso estar mais cedo na produção. Se eu disser que é para adiantar as coisas porque hoje à tarde eu tenho um Workshop sobre "Administração do Tempo" vai parecer mentira ou ironia do destino??? 
É por isso que eu aprendi que o importante nesta vida é aprender a rir de si mesmo. É... e aquela minha voz em off não se cala: 

- Anda, Rita! Você está mega atrasada!!!!!!!! 
The XX - Angels

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Estou começando a ficar preocupada com isto. 
Os livros estão ao meu alcance, mas e tempo pra eles? 
Toda a vez que eu pego em um, invariavelmente na cama e antes de dormir,  pego no sono!!!
Será que eu vou ter que apelar para uma dose cavalar de cafeína antes de ir para o quarto? Acho que só assim!!!

Eu sumi, eu sei. 
Dizer que estou sem tempo já perdeu a graça, mas é a mais absoluta verdade!
Voltei porque hoje o Iggy Pop invadiu minha memória, meus sonhos e não se foi nem depois do banho. 
A música ainda ressoa como se eu tivesse mesmo a escutado na madrugada. Mas não. 
Andei tanto que cansei. E sentei.
Para onde eu fui que sentei numa calçada cinzenta, afastada e vazia, calçando coturnos gastos?


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Caramba, como o tempo fica curto para o tanto de coisas que a gente quer fazer na vida! Tantas ocupações em casa e no trabalho, que me falta tempo pra tudo. Uma pena... Preciso me lembrar de que estar aqui e escrever me faz bem. Não fosse ter lido a frase de um amigo querido dizendo que os blogs estão morrendo, eu teria passado mais um dia, mais uma semana, sem vir. É, às vezes eu preciso que alguém me chame de volta, me lembre de que preciso olhar por mim e pelo que gosto. Tenho extrema facilidade de me colocar de canto, de me deixar esperando pelo momento melhor, pela hora mais oportuna, pelo dia certo. Deixo fácil de ser prioridade na minha própria vida. Verdade também que tenho me afastado das redes sociais, mas mais por preguiça e falta de inspiração. Outro dia, no Face, tive a sensação de estar num shopping center lotado e barulhento. Muita informação pipocando, muita gente online, muita poluição... Sufoquei. rsrsrsrs Deu uma enorme preguiça e admito que o pique para postar e interagir por ali diminuiu. Se é fase ou não, não sei. Assim o tempo vai passando e eu aqui, mais focada em “reformas” e são elas que têm me consumido o tempo, livre ou nem tanto. Passei os dias de folga do Carnaval resolvendo mil coisinhas e trabalhando muito. Comecei o ano com uma vontade "daquelas" de organizar a casa, arrumar armários, gavetas, jogar coisas fora, separar material para reciclagem, doar roupas e calçados para instituições, mudar móveis de lugar, plantar mudas no jardim, podar galhos secos, lavar tudo o que possa ser lavado e pintar o que for possível. Assim estou desde a primeira semaninha de janeiro e ao invés de saciar esta vontade com o passar dos dias, ela só aumenta. Eu olho para um canto da casa e pronto: já começo a pensar em mudar alguma coisa!!! O problema é que o tempo está curto para casa, família, trabalho e “mudanças”, mas vamos que vamos! Será por causa dos astros? Será pelo ano do Dragão? Não importa. Que venham as vontades, porque acredito que com elas venham mudanças "aqui dentro" também... Boa semana para vocês todos!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Visita do Beija-flor



Hoje esta gracinha de criatura veio nos visitar. 
Entrou pela porta da sala sem pedir licença, sem fazer alarde, apenas para dizer alô.


Devia estar fugindo da chuva, mas ainda assim, gostou, pousou e ficou .
Tivemos medo de assustá-lo e o deixamos ali, quietinho e confortável apoiado no lustre. 


De tempos em tempos, ele dava uma voadinha e voltava para o mesmo lugar. 
Muito pequenino, mas ainda assim, muito belo. Peninhas delicadas com reflexos coloridos que só percebi depois de fotografá-lo. Lindo!



Só o tirei delicadamente da sala horas depois, com medo que ele ficasse sem se alimentar.  
(não entendo nada desses bichinhos, comecei a ficar preocupada com a sua natureza!!!)


Soubesse não prejudicá-lo, eu o teria mantido ali... quietinho e lindo, apenas para contemplá-lo.
Meu coração maternal e canceriano não permitiu... Umas fotos para guardar de lembrança e liberdade.


Volte mais vezes, amiguinho!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Enquanto Lilith dorme


Olhando para a Lilith* que dorme esparramada aos meus pés, lembro-me  do quanto a vida é prazerosa quando temos paz e companhia ao mesmo tempo.
Algumas vezes pensamos que para estarmos em paz, é necessário ficar só... e em algumas vezes  é. Em outras,  estar sozinho consigo mesmo pode ser um grande tormento quando os pensamentos nos sabotam, nos machucam, nos confundem e assombram.
Hoje estou em paz. Lilith também. 
Gostoso sentir que ela sonha tranquila e confiante ao meu lado, que sabe que velo seu sono. Chego a vislumbrar um sorrisinho canino em seu focinho. 
Ela deve estar sentindo meus carinhos, meu amor, minha gratidão.
Lá fora há o cheiro gostoso das plantas que foram molhadas pela chuva de verão. Cheiro bom, noite fresca.
Não sinto vontade de ligar a TV para preencher a sala, ouvir música para alimentar a alma, ou tagarelar para me dizer o que passa pela cabeça.
Estar em paz pode ser assim:  querer apenas afagar o pêlo macio  da Lilith enquanto ela dorme, sem  precisar prestar atenção em mais nada...



*minha cadela
foto tirada em Maio/2011

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Caras metades



Tampa da panela, metade da laranja... pra quem???

Vira e mexe alguém gosta de dizer que procura, que ainda não achou...
E eu penso comigo: Ainda bem! Um dia você vai perceber que é inteiro e aí sim, vai ser e fazer alguém feliz.

Acho muito engraçado algumas pessoas não se sentirem inteiras, estarem sempre se auto definindo como metades, como incompletas, como se para “ser alguém” precisassem de outra pessoa em suas vidas.  Nunca pensei assim.  Sempre acreditei que, se eu fosse incompleta até pra mim, o negócio seria evoluir primeiro pra depois pensar em ficar com alguém.
Não pensem que eu não seja romântica, que não goste de namorar, que não saiba me entregar. Não penso que seja assim.
Considero muito mais sedutor que duas pessoas inteiras, que se sintam plenas e confiantes, possam realizar mais. Precisar de alguém, literalmente falando, já é ruim. Cria uma dependência, não?  O dependente é livre para ser ele mesmo? Ou  ele precisa ceder para ter?
Não sei, não gosto mesmo de ler, ouvir ou sentir que “precisamos de alguém”... da tampa, da metade...
Casais que se admiram, amam e respeitam com suas diferenças me parecem mais saudáveis, mais plenos, mais felizes.
Longe de eu ter a receita da felicidade... afinal, quem sou eu? Não sou modelo pra ninguém... se é que nisto existem modelos a  serem seguidos. Só acho que o amor pode sim, acabar.  A graça está nisso, nas possibilidades da mudança.
Amor também se transforma, aumenta, diminui, acaba...  e a panela vai continuar ali... com ou sem tampa! Não é, não?

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Retratos

_Por que é que eu gosto tanto de retratos? 
_Porque gosto de gente!!!!!!

Sempre fui assim, desde criança. Eu já adorava fotografar, capturar expressões nos rostos dos meus primos, dos meus amigos do colégio. Talvez fosse uma forma de perpetuar seus sorrisos ao mesmo tempo em que eu os traria pra mim. Adorava também me debruçar sobre álbuns recheados de fotografias, fossem elas recentes ou antigas, de pessoas com quem convivia ou de outros que nem conheci.Tentava imaginar o que pensavam naquele instante, se gostavam da roupa que vestiam, se estavam à vontade ali parados, se eram felizes naquele dia, naquele momento.
Tal gosto fosse fruto de criança canceriana sensível, ou quem sabe, para os mais descrentes, apenas resultado do olhar e curiosidade de criança filha única a tentar descobrir aquilo que era “diferente”.
Devo ter sido aquele tipo de criança que para encarando os outros, porque até hoje me pego observando atentamente e calada pessoas nas ruas, nas salas de espera, nas festas, no trabalho, nos restaurantes... onde for. Tem gente por perto? Me interessa muito!
Para  um bom observador, não há alma que não se entenda. Basta querer olhar...e ver.  
Rostos dizem mais do que palavras. Rostos dificilmente sabem mentir. Olhares, então,  revelam o que nem sempre você está preparado para saber.
Acho fascinante aprender a olhar, aprender a ver.

Ele riu... e ela caiu


Como podia, um homem de semblante tão tímido, poder rir daquele jeito?
Como podia ela ter se apaixonado por uma voz? Por uma risada? E pelo telefone?????????????
Sim, como era possível se encantar por uma voz sem rosto, sem corpo, sem toque,  sem beijo e sem abraço?
No meio de um turbilhão de compromissos, de repente, se viu descansada e acolhida em palavras soltas de um desconhecido muito paciente. Quando falava com ele o tempo parava, a pressa sumia e tudo parecia entrar de acordo com o que ele professava: tudo vai dar certo, relaxa... E ela relaxava...e as coisas davam certo no final. Se não pelo poder que ele tinha de transformá-las em simples, pela alegria e otimismo  que ela absorvia dele.
E assim ela se envolveu sem perceber. Em questão de poucos dias sentia alegria com os seus contatos. Sorria feliz e deixava de ser séria, de ser brava.
Ainda não sabe se o acaso quis brincar com seu destino ou se os anjos quiseram ser travessos. Não importa. O que eram compromissos cheios de responsabilidades virou diversão, curiosidade e  alegria. Queria aquela voz por perto, ao alcance e a qualquer momento, nem que fosse só para dizer: se precisar de alguma coisa, eu estou aqui.  E ele parecia estar.
Era fácil ser sincero com quem não tinha rosto, com quem não iria se encontrar,  a quem não iria julgar. E assim ficou combinado  brincar de dizer tudo, de perguntar e responder qualquer coisa, de se entregar. O que começou com respostas simples como “sims e nãos”,transformou-se em  interesses compartilhados, desejos contidos liberados, mágoas confessadas e um inexplicável tesão.  
Dava até medo.
E deu!
Tanto medo que ela fugiu de si mesma, de seus sentimentos e de todo esse turbilhão. Quando viu finalmente o brilho de seus olhos pertinho de seu rosto, a poucos centímetros de seu corpo e ao alcance de seus braços, ficou com mais do que medo. Sentiu verdadeiro pavor.
Pavor de perder a magia que tinha e sentia por ele até aquele minutinho,  pavor de não saber mais fugir daquele frisson, pavor  que o corpo roubasse a força daquela voz. E fugiu escondida em palavras desconexas e abobalhadas, gestos perdidos e medrosos e olhares fugidios.
Quis se esconder dentro da primeira caixa preta e lacrada que pudesse encontrar  e teve medo que ele também assim quisesse. Como ela tivera coragem?
Camuflou a vontade do abraço com a preocupação pelo pouco tempo, com o tardar das horas.
Se antes tinha procurado na bebida a coragem para concretizar as palavras, agora essa mesma bebida lhe roubava a lucidez, o raciocínio... E fugiu do que tanto quis, do que tanto desejou. Quando sentiu o gosto da sua boca, teve vontade de sair correndo, com medo de perder a cabeça, de perder a razão.  E mentiu...e disse a primeira bobagem que veio a cabeça... 
Ela queria ouvir apenas: tudo vai dar certo... relaxa.


Ela prometeu para si mesma apagar todas aquelas lembranças e seguir em frente com a alma leve e o coração esvaziado, mas foi em vão. Quanto mais pensava em esquecê-lo, mais o encravava na memória . Passou a decorar cada linha de expressão de seu rosto, cada timbre de sua voz. E lembrava-se da risada gostosa que ele tinha, da maneira tranqüila com que  falava e a tranqüilizava sempre... E apaixonava-se novamente. Pronto! Todo o esforço em vão!!! Sim, por culpa apenas daquela solta risada. Como era difícil resistir não procurá-lo mais. Quem sabe um dia...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Dia de sair mais cedo de casa

Dezembro: mês de festas e encontros. Mês de luzes coloridinhas  espalhadas pela cidade.
Mês de trânsito caótico em Sampa apesar do término das aulas. É...tudo tem o seu preço.

E se chover muito, como nesta madrugada, é melhor não esperar que a vida seja fácil sobre o asfalto no dia seguinte.
Vou escolher a minha trilha de fundo, tomar meu banho mais cedo e sair pelo menos com uma meia hora de antecedência... pelo menos! 
Vou pensar na vida enquanto guio e escuto minhas músicas.
Pensar na vida de quem?


(Ultimamente não tenho pensado muito na minha, é verdade, mas não reclamo. Pensar em outras pessoas pode ser muito mais interessante. )

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Tempo de esperar

Tudo podia ter sido diferente. E era para ser... tinha tudo para ser. Mas não foi!


Apressei o ritmo, decidi que tinha que ser naquele dia, que não poderia esperar mais. E o acaso riu de minha decisão, brincou com a minha cara e me fez esperar. .. A cada minuto passado a confusão e ansiedade aumentavam e o que era espera pulsante transformou-se em medo latejante. 
Esperei demais.


Quando chegou eu já não via, ouvia, sentia... Era outra pessoa dentro de mim.
Só senti os ponteiros girando, girando, girando. E fiquei tonta. 
Só acordei quando a porta bateu e vi o menino saindo apressado sem olhar para trás. Era tarde, realmente tarde para pedir para voltar... para não ir, para ficar.
Senti saudade. Quase gritei, quase chorei. Agora era mesmo tarde demais.
E naquele dia o sono não veio, mas o pesadelo dura até agora. 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Insonia e confusão... e pensamentos estranhos...e Adele ... e saudade...



Acordada às três da manhã, estava navegando enquanto o sono não vem. Visitei alguns perfis, algumas páginas, ouvi músicas e mais músicas. 


Grudei na Adele e nos seus agudos e fiquei aliviada em saber que os que dormem estão em quartos longe de mim... Não me ouvem desafinar e nem quase gritar.
Dormi pouco neste final de semana, não descansei à tarde e pensei que adormeceria fácil se fosse para a cama cedo. Só que eu não fui.
Pensei em me deitar, mudei de ideia. 
Resolvi tirar novas fotos por achar que as que tinha nos perfis sociais estavam velhas. Quase desisti. Na primeira imagem não gostei do que vi. 
Senti quase tristeza. Procurei pelo brilho do olhar. Que brilho?
Acabei escolhendo uma foto dessas novas e tentei me sentir renovada fazendo uploads aqui e ali. Não deu certo. Olhei novamente o meu rosto e me senti estranha. Me senti e vi triste, muito triste.
E por que sinto-me assim? 
E por que acabo escolhendo músicas que parecem ter sido escritas pra narrar o que não quero contar a ninguém?
Será TPM?
É, pode ser... porque agora eu virei o tipo de mulher que fica sensível, que chora, que tem insônia e fica sonhando com qualquer situação romântica que esboce o menor sinal de ter a ver comigo.
Eu devia ser muito mais interessante quando tinha TPM normal. Quando queria apenas matar um que se pusesse no meu caminho e só.


Não é TPM. Desculpa mais do que esfarrapada até pra mim! Que papelão!


É Lua cheia. Sou eu. É o que vai na alma e que transborda nos suspiros.


Fiquei sentada na soleira da sala onde escrevo por vários minutos a contemplar a Lua e sentindo frio. E ouvindo Adele, e mais Adele, e mais Adele... A mesma música. 


I've made up my mind,
Don't need to think it over,
If i'm wrong i am right,
Don't need to look no further,
This ain't lust,
I know this is love but,

If i tell the world,
I'll never say enough,
Cause it was not said to you,
And thats exactly what i need to do,
If i'm in love with you,


Observei a fumaça do cigarro subindo como se tivesse vida própria.
Repeti o refrão baixinho e acabei deixando umas lágrimas rolarem junto com as notas. Deixei as emoções saírem. Senti saudades de mim, mas fiquei melhor ao final. 
E resolvi vir dividir meus sentimentos aqui.
Porque eu posso me sentir confusa, mas estou sendo muito sincera no que sinto.



Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere,
Or would it be a waste?
Even if i knew my place should i leave it there?
Should i give up,
Or should i just keep chasing pavements?
Even if it leads nowhere









Perseguindo Sonhos Impossíveis

Eu me decidi,
Não preciso refletir sobre isto,
Se estivesse errada estaria certa
Não é preciso mais nenhum olhar
Isto não é luxúria,
Eu sei que isto é amor mas,

Se eu dissesse ao mundo,
Eu nunca diria o bastante,
Porque que não foi dito a você,
E isso é exatamente o que eu preciso fazer,
Se eu estou apaixonada por você,

Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma
Ou seria um desperdício?
Até mesmo se eu soubesse que é meu lugar deveria deixá-lo?
Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma

Eu me construiria,

E voaria em círculos
Espere então meu coração cair
E atrás de mim começa a dor
Finalmente isto poderia ser

Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma
Ou seria um desperdício?
Até mesmo se eu soubesse que é meu lugar deveria deixá-lo?
Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma

Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma
Ou seria um desperdício?
Até mesmo se eu soubesse que é meu lugar deveria deixá-lo?
Eu deveria me render,
Ou eu deveria continuar perseguindo sonhos impossíveis?
Até mesmo se não conduz a parte alguma

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Primeira Gaveta

Ele ficou triste, decepcionado, e guardou suas mágoas no fundo de uma gaveta. Seguiu seu dia como se nada tivesse acontecido, como se aquilo fosse bobagem. Mentiu pra si mesmo e saiu com um sorriso no rosto, enganando a todos com aquela cara de feliz. Jamais pensariam que ele estaria triste. Pessoas tristes não seduzem aquele tipo de gente. Era melhor parecer um deles.


Foi dormir pensativo, sentindo-se sozinho apesar de acompanhado. Imaginou-se independente, liberto, mas afastou os pensamentos quando lembrou da infância e das dificuldades passadas. A vida parecia melhor agora, melhor fingir que sim. 
Ao lado ela dormia tranquila, talvez sonhando com seus novos projetos. Para ela tudo era mais fácil, mais seguro, mais estável. Ali não havia o medo do fracasso, a falta de recursos. Era querer e poder...e mandar.
Sentiu uma certa raiva daquele jeito imperativo dela comandar a vida e culpou os astros. Precisava por a culpa em alguém, em alguma coisa. Que fosse ao menos culpa do seu signo. Pelo menos era uma desculpa. Precisava acreditar nisso para suportar as horas de silêncio, os carinhos escassos e automáticos e a falta de compreensão e cumplicidade. Admitiu para si a culpa de deixar as coisas chegarem ao ponto que estava.  Pensou também na carreira e reconheceu estar fazendo tudo errado e, por isso mesmo, estar tão infeliz.
Abriu novamente a gaveta e, mais uma vez, trancou as emoções lá dentro. Era mais fácil adormecer assim.